segunda-feira, 21 de janeiro de 2008
sábado, 19 de janeiro de 2008
Temas e Problemas da Educação Contemporânea
No contexto das unidades curriculares “Seminário de Iniciação à Mediação e Formação” e “Introdução às Ciências Sociais”, o presente trabalho debruça-se sobre o estudo de Temas e Problemas da Educação Contemporânea, tendo em consideração que a Educação participa numa relação triádica com a Sociedade e a Cultura, que leva à personalização (processo em que o indivíduo se torna pessoa) e à socialização-enculturação do indivíduo.
Para identificar contextos ou problemas educativos em situações do quotidiano realizou-se uma incursão exploratória ao centro da cidade do Porto. Os estudantes realizaram o percurso definido pelos responsáveis da unidade curricular numa atitude de observação, procura activa situações educativas existentes nos hábitos, rotinas, educação informal e educação inconsciente, que se baseia na experiência da vida de todos os dias.
Utilizou-se como método de registo a captação de imagens através de fotografias, de entre as quais cada estudante escolheu uma que pudesse relacionar, numa primeira fase, com as questões sociológicas da Natureza, Sociedade e Cultura.
Numa segunda fase, juntaram-se todas as fotografias seleccionadas e procurou-se identificar grandes temas nos quais estas pudessem ser agrupadas. Os temas encontrados foram Comunicação, Património, Mobilidade e Desenvolvimento Sustentável.
A problemática inicial escolhida para explorar por este grupo foi: Quais os critérios usados pelos telespectadores para optar pelo jornal televisivo da hora do jantar de um dos três canais – RTP 1, SIC e TVI?”
Da Cultura aos Telejornais
O que chamamos aqui de estilos de vida, vai de encontro com o que os sociólogos Bourdieu e Giddens (cit. in Pinto, 2000), explicaram como padrões que orientam e estruturam as nossas preferências e as nossas escolhas e que ficam a dever-se, em boa medida, ao ambiente em que crescemos.
Há um género televisivo dividido por categorias, onde cada canal emite a sua identidade, faz a projecção de um público e de uma audiência, supondo assim, uma selecção qualitativa e quantitativa de públicos específicos. Há um reflexo e uma representação significativa da vida social em cada programação. Cada canal selecciona os acontecimentos sociais, que combinam com a estratégia dos seus quadros sociais específicos, ordena esses acontecimentos e reproduz de acordo com uma montagem própria. Toda a mensagem televisiva supõe, como observa Umberto Eco (cit. in Pinto, 2000), “uma interpretação e uma escolha.”
Ruptura Epistemológica
Ao encetarmos o presente estudo exploratório, começámos por definir a pergunta de partida para servir de fio condutor à investigação: Quem vê telejornais, quais vê e porquê?
Para respondermos a esta questão, realizamos dois tipos diferentes de pesquisa: Leituras e inquéritos exploratórios.